Como Jesus Cristo uma vez disse:
“Que atire a primeira pedra quem nunca falhou em começar um novo hábito”.
Pois bem. Já faz um bom tempo (anos) desde que eu não tenho um cotidiano saudável e produtivo.
A pandemia e uma vida confortável levaram de mim tudo aquilo que eu me orgulhava tanto. Larguei de escrever, de treinar e até de outras atividades menores como a meditação matinal.
Todas essas atividades positivas se iniciaram quando eu tinha uma grande ânsia de melhorar como pessoa —eu sempre esperei muito mais de mim.
Então comecei a praticar inúmeras atividades que, acreditava eu, me transformariam para uma versão superior. Criei diversos hábitos novos pelo descontentamento com aquilo que eu era.
Melhorei minha aparência, meu físico e meu intelecto. Aprendi a escrever, falar e diversas outras atividades.
Tudo andava bem, até que a zona de conforto me abraçou.
A perda Invisível
De pouco em pouco, fui parando com aquilo que me definia, mas sem sentir que eu realmente definhava para uma versão pior. Era apenas uma outra versão, que ocupava seu tempo com coisas novas.
E eis a armadilha.
Quando você para um hábito saudável, a sua vida não piora instantaneamente. Porém, é notável que a escrita ajuda na organização das ideias e sentimentos. É algo sutil, uma qualidade de vida que é quase imperceptível.
O mesmo acontece com as atividades físicas. No começo você acha que nada mudou, até que começa a se cansar ao subir a rua da sua casa até o mercado.
Largar hábitos positivos não dói e por isso é tão simples abandonar qualquer coisa que começamos.
Não é como deixar de respirar ou parar de piscar.
Porém, definhamos em pequenas parcelas, sem nem perceber.
As chaves da mudança
Recentemente eu troquei de teclado.
Um teclado muito mais silencioso, porém com o formato fora dos padrões da ABNT.
Enquanto digito cada uma dessas palavras, me pego errando acentos e sinais e acabo escrevendo mais devagar do que antes, ainda que o novo equipamento devesse me garantir mais produtividade.
Mas eis a questão. Nenhuma mudança vem desacompanhada da dor.
Da mesma forma, dificilmente conseguimos alcançar alguma transformação nas nossas vidas sem que haja real necessidade.
Por que uma pessoa resolve fazer exercícios físicos?
A maioria vai fazer por uma questão de saúde — Obesidade, problemas de coluna e etc.
Mesmo quem faz por vontade própria, acaba fazendo por outras dores, como aqueles que querem se tornar mais bonitos (por insatisfação com a própria aparência e a busca pela aceitação social).
Ou seja, um novo hábito se aplica muito mais facilmente quando a dor da mudança é menor que a dor da estagnação.
Dito isso, como eu posso voltar a escrever com frequência e praticar alguma atividade física?
Eis as minhas ideias iniciais:
- Criar um desafio que me faça escrever pelos próximos 21 dias.
- Criar um projeto focado em escrita.
- Definir um horário para escrever todos os dias e apenas isso.
Se vai dar certo ou não? Basta me acompanhar aqui no Medium!
